Introdução Poketibia é a fusão não oficial de dois universos clássicos: o MMO Tibia (1997) e o fenômeno Pokémon (1996). Desenvolvido por fãs, esse projeto híbrido aproveita o melhor de cada mundo: capturar criaturas em rotas inspiradas na região de Johto, e explorar dungeons medievais repletas de bosses ao estilo CipSoft. O MVP (Produto Mínimo Viável) foi simples, mas ganhou tração imediata na comunidade de jogadores saudosistas. Mecânica e Experiência do Usuário No Poketibia, o avatar caminha por mapas familiares de Tibia, encontrando “Pokes” que participam de batalhas por turnos. A curva de aprendizagem é suave graças a tutoriais in‑game que explicam captura, evolução e crafting de itens. Eventos sazonais — como Safari Week e PvP Tournament — geram engajamento e mantêm o churn baixo, refletindo boas práticas de gamificação corporativa. Monetização e Sustentabilidade Embora gratuito para jogar, Poketibia depende de doações e passes VIP que oferecem benefícios cosméticos e leve boost de XP. Essa abordagem freemium, combinada a um sistema de doação transparente no Discord, assegura financiamento sem prejudicar o equilíbrio de jogo. O ROI (Retorno sobre Investimento) do servidor tem se mantido positivo, permitindo upgrades de hardware e suporte 24/7. Desafios Legais e Técnicos Poketibia opera em zona cinzenta de propriedade intelectual: a cada shutdown por DMCA, surge um rebrand com novo domínio e whitelist de IPs. Do ponto de vista técnico, os devs utilizam proxies e VPNs para mitigar bloqueios, enquanto a comunidade realoca recursos em GitHub forks anônimos. Comunidade e Roadmap A governança é aberta: votações mensais no fórum definem novas áreas de mapa, criaturas customizadas e ajustes de balanceamento. A retroalimentação user‑driven garante que o produto evolua conforme as expectativas do nicho hardcore. O roadmap inclui integração com mobile/web e sistema de achievements que espelha as conquistas de Tibia. Conclusão Poketibia mostra como a inovação de nicho pode prosperar mesmo sem apoio corporativo: é um case de user‑driven development, modelo freemium leve e gestão de comunidade resiliente.